Como os aplicativos de locação impactam no setor de imóveis

Aplicativos como o Airbnb, onde é possível listar, buscar e alugar alojamentos para pequenos períodos, fazem parte de um serviço interessante com o intuito de facilitar a vida de muitas pessoas. No entanto, em cidades onde o turismo é forte, esse tipo de serviço pode trazer consequências negativas para o setor.
Com um grande número de imóveis disponíveis pelo aplicativo, a disponibilidade de opções para o tradicional aluguel fica menor e, consequentemente, os preços aumentam. Ou seja, o aplicativo beneficia um suposto turista, na busca por uma opção de hospedagem rápida, mas prejudica os moradores locais que dependem do aluguel.

De acordo com pesquisa do Instituto Inura Zurich, encomendada pela Associação de Inquilinos de Zurique, na Suíça, em 2015 a taxa de vagas de aluguéis nas principais cidades do país situou-se entre 0,22% e 0,45% do total de imóveis. No entanto, nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, a taxa de disponibilidade ideal para a locação é de 3% sobre o total de imóveis.

O estudo ainda conclui que esses aplicativos deveriam ter uma regulamentação específica, com limitações em relação ao número máximo de apartamentos que cada pessoa pode oferecer e também a respeito das questões fiscais. O airbnb cresce a cada ano na Suíça. Em janeiro de 2017, a plataforma listou 24.460 apartamentos, casas ou quartos, e 63.839 camas, em comparação com 6.033 apartamentos e 20.841 camas em outubro de 2014.

No Brasil, a discussão ainda não ganhou popularidade, no entanto, a plataforma também cresce por aqui. Não há como não comparar a discussão do Airbnb com o Uber na área de transportes. Cada um com suas peculiaridades, mas com a comum necessidade do debate entre os interessados a fim de encontrar um senso comum.

William Cruz – Colunista do PortaisImobiliarios.com.br uma rede de portais de imóveis, como o portal na cidade de Curitiba –  presente em mais de 270 cidades do Brasil.

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