O setor de imóveis na China sofre recorrentes intervenções governamentais. De acordo com interesses de quem manda no país, cidades fantasmas são criadas para estimular o setor, da mesma forma que, se necessário, o governo impõe duras restrições à compra. Nesse momento, os comandantes chineses pedem uma entrada maior e oferecem taxas de juros mais elevadas, tudo para dificultar os financiamentos.
O objetivo dessas medidas é conter uma possível bolha imobiliária, visto que a valorização dos preços da habitação, principalmente nas grandes cidades, gerou tal preocupação. O principal problema do mercado imobiliário chinês é o desiquilíbrio entre oferta e demanda. Nos grandes centros há uma forte procura, no entanto, o excesso de oferta acontece apenas nas cidades pequenas.
Como consequência, em julho os preços caíram em 15 das 70 maiores cidades do país, na comparação com o mesmo mês de 2016. De acordo com o analista do Gabinete de Estatísticas da China, Liu Jiawei, em entrevista aos veículos oficiais, “as informações demonstram notável estabilização dos preços dos imóveis, isso aconteceu devido às políticas de controle adotadas pelo Governo”.
As informações são da agência oficial de notícias, Xinhua. As autoridades locais não publicam os preços médios do setor, nem uma porcentagem nacional das oscilações, apenas divulgam variações mensais das 70 maiores cidades chinesas. De fato, se você reclama do cenário brasileiro, ser corretor de imóveis na China também não parece o melhor dos mundos.
William Cruz – Colunista do PortaisImobiliarios.com.br uma rede de portais de imóveis, como o portal na cidade de Curitiba – presente em mais de 270 cidades do Brasil.
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