Em 2017, os recursos disponíveis na caderneta de poupança para a aquisição de imóveis totalizaram R$83 bilhões. O valor destinado no ano passado representa quase a metade do crédito imobiliário em 2014, quando R$ 168 bilhões foram destinados ao setor.
Os dados são do Banco Central e referem-se a valores reais – considerando a inflação de cada período. Os números do ano passado representam a terceira queda consecutiva do crédito para o financiamento de imóveis.
O principal motivo para a queda do crédito no setor imobiliário encontra-se na Caixa Econômica Federal. O banco representa 70% dos financiamentos imobiliários, porém, está sem capital para voltar ao ritmo pré-crise. A Caixa está com dificuldades para cumprir regras internacionais de proteção, por isso houve uma redução dos financiamentos e um aumento dos juros.
O desemprego – ainda na faixa de 12% – também é um dos motivos para a redução no crédito. Nos últimos anos, a queda nos financiamentos acompanhou a alta do 20 desemprego, de 6% para mais de 13% em 2017. Até quem se manteve empregado está sem confiança para fazer uma dívida de longo prazo.
De todo modo, o crédito imobiliário ainda não deu a guinada esperada no pós-crise e esse é o fator responsável por segurar as estatísticas relacionadas ao setor de imóveis. No entanto, a tendência para 2018 é que os bancos, em especial a Caixa Econômica, voltem a liberar o crédito imobiliário em volume semelhante ao de anos anteriores.
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